Esta pesquisa tem por finalidade identificar e mapear o perfil dos Agentes Comunitários de Saúde (ACS) e dos Agentes Comunitários de Endemias (ACE), bem como o escopo de atuação e as potencialidades e/ou desafios pertinentes à sua profissão, balizadas pelos atributos definidos nos marcos legais e por suas práticas cotidianas no âmbito do SUS.
A ação dos ACS e dos ACE é um composto de diferentes competências, alcançadas ao longo de sua formação e experiência.
Próximos de completar 30 anos de implantação do Programa de Agentes Comunitários de Saúde (PACS), criado em 1991; 27 anos da Estratégia Saúde da Família, criada em 1994; e mais de três décadas do Sistema Único de Saúde (SUS), que tem nessas estratégias a finalidade de contribuir na construção de um novo modelo de cuidar das pessoas o mais próximo possível dos indivíduos, famílias e comunidades.
A importância dos ACS e ACE no contexto do Programa Saúde da Família (PSF) no Brasil é inquestionável, e esses atores estão entre os principais protagonistas das ações de prevenção e cuidado com a saúde coletiva no país, integrando com habilidades próprias o bem-sucedido
PACS. Suas competências ultrapassam a dimensão dos saberes e são reconhecidas por sua notável disposição no campo do “fazer”, notadamente nas práticas e na comunicação comunitária.
Com ações orientadas à saúde coletiva e um diálogo comunitário permanente, o ACS não só
compreende o que está preocupando as famílias neste momento de crise sanitária
internacional, como também acompanha em comunhão com a população de cada região do
Brasil as angústias e dúvidas, decorrentes da primeira pandemia vivenciada pela maioria da
população em todo o mundo.